Banco Central será responsável por aprovar empresas cripto no Brasil

O Banco Central do Brasil criou um novo marco regulatório amplo para empresas cripto.
Agora, a instituição aplicará regras de combate à lavagem de dinheiro (AML) e ao financiamento do terrorismo ao setor cripto do país.
Dessa forma, o movimento marca um dos passos mais importantes do país para integrar criptomoedas ao sistema financeiro e reduzir atividades ilícitas.
Brasil exigirá aprovação de empresas cripto
As novas regras para o mercado cripto brasileiro foram anunciadas na segunda-feira (10/11), e entram em vigor em fevereiro de 2026.
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Assim, elas obrigam prestadores de serviços de ativos virtuais (VASPs), incluindo intermediários, custodiantes e corretores, a obter autorização do Banco Central antes de operar.
O marco impõe medidas rígidas de conformidade sobre governança. Além disso, transparência, controles internos, cibersegurança e gestão de riscos.
Isso coloca empresas de cripto sob os mesmos padrões de supervisão que instituições financeiras tradicionais.
Sendo assim, as empresas têm até novembro de 2026 para atender às exigências ou encerrar as operações.
As novas regras tratam qualquer compra, venda ou troca de stablecoins atreladas a moedas fiduciárias como operação de câmbio.
Assim como o uso de criptomoedas em transferências ou liquidações internacionais.
Portanto, se essas transações envolverem contrapartes não autorizadas, o banco limitará o valor a US$ 100 mil.
Mudanças nas regras do mercado cripto brasileiro
As regras fazem parte do esforço do Brasil para reforçar a supervisão após o aumento do uso de stablecoins.
Autoridades afirmam que elas são usadas cada vez mais para pagamentos e transferências internacionais, e não apenas para investimento.
‘As novas regras vão reduzir golpes, fraudes e o uso de mercados de ativos virtuais para lavagem de dinheiro’, disse Gilneu Vivan, diretor de Regulação do Banco Central, em coletiva de imprensa.
O marco se baseia na lei cripto de 2022, que criou uma base legal para criptomoedas. Mas, dependia de regulamentações adicionais do Banco Central para funcionar.
Agora, com as novas medidas, o Brasil quer consolidar sua posição como líder regulatório em finanças digitais na América Latina.
A Chainalysis informou que o Brasil é agora o quinto maior mercado de cripto do mundo. Ou seja, movimentando cerca de US$ 319 bilhões em transações entre meados de 2024 e meados de 2025.
Isso representa cerca de um terço de toda atividade com criptomoedas da América Latina.
Dessa forma, o Banco Central espera que as regras atualizadas tornem a economia digital do país mais segura, transparente e alinhada aos padrões financeiros internacionais.
Brasil debate plano de reserva de Bitcoin
O Congresso brasileiro discute a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin de US$ 19 bilhões.
Ela se chama RESBit, e servirá para diversificar os ativos financeiros do país e reduzir a dependência do dólar americano.
A proposta, parte do Projeto de Lei 4501/24, foi discutida em audiência pública no dia 20 de agosto. A conversa foi conduzida pela Comissão de Desenvolvimento Econômico em Brasília.
Parlamentares, economistas e especialistas em cripto afirmaram que o BTC pode funcionar como uma commodity digital semelhante ao ouro.
Desse modo, oferecendo proteção contra inflação e riscos geopolíticos.
Se aprovada, a medida tornará o Brasil uma das primeiras grandes economias a manter oficialmente Bitcoin como parte das reservas nacionais.
Juntando-se a esforços já em andamento em El Salvador, nos EUA e em partes da Ásia.
O plano colocará o Banco Central do Brasil e o Ministério da Fazenda responsáveis pela custódia e supervisão, exigindo relatórios semestrais sobre desempenho e exposição a riscos para garantir transparência.
Contudo, a proposta ainda enfrenta obstáculos.
O texto precisa passar pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Finanças e Justiça antes de chegar ao Senado.
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