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Wall Street está convencida do potencial de valorização das criptomoedas, mas não de sua tecnologia

Apesar dos níveis recordes de investimento institucional, a maioria das empresas de Wall Street ainda realiza negociações off-chain, afirma Annabelle Huang, cofundadora e diretora executiva da Altius Labs.

Atualizado 10 de nov. de 2025, 8:27 a.m. Publicado 9 de nov. de 2025, 2:00 p.m. Traduzido por IA
Wall street signs, traffic light, New York City

O apetite de Wall Street por criptomoedas está mais forte do que nunca. O ETF de Bitcoin da BlackRock quebrou recordes de fluxo de entrada. Fidelity e VanEck seguiram o exemplo com novos produtos à vista. Até mesmo a Nasdaq sugeriu a expansão de sua infraestrutura de negociação de ativos digitais. No entanto, apesar de todo esse impulso, quase nada disso acontece efetivamente onchain.

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As instituições agora tratam a criptomoeda como uma classe de ativos legítima, mas não como um local para operar. A maior parte das negociações, liquidações e formação de mercado ainda ocorre em servidores privados e sistemas tradicionais.

A razão é simples: as blockchains, em sua forma atual, ainda não atendem aos padrões de desempenho institucionais. Até que possam oferecer velocidade previsível, acesso confiável a dados e resiliência operacional equivalentes aos sistemas de Wall Street, os maiores players continuarão a negociar off-chain, limitando a transparência, a liquidez e a própria inovação que tornou o cripto tão atraente desde o início.

Por que o fluxo de ordens permanece fora da cadeia

As instituições evitam negociar onchain porque a maioria das blockchains não atende aos seus padrões. As instituições exigem tanto velocidade quanto confiabilidade, e as blockchains geralmente enfrentam dificuldades com esta última.

Muitas blockchains tornam-se congestionadas sob estresse máximo, fazendo com que as transações falhem de maneira imprevisível. As taxas de gas podem variar erraticamente conforme a atividade da rede flutua, introduzindo caos adicional. Instituições recusam operar em um ambiente tão imprevisível.

As instituições também precisam garantir, além de qualquer dúvida, que as negociações serão liquidadas corretamente, mesmo quando muitos eventos acontecem simultaneamente. Algumas blockchains, como as Layer 2 ou rollups, utilizam técnicas de liquidação otimistas que funcionam na maior parte do tempo, mas que às vezes exigem que as transações sejam revertidas, desfazendo transações já liquidadas.

Dentro desses limites, as instituições precisam garantir que sejam capazes de negociar o mais rapidamente possível. Nos mercados tradicionais, as instituições pagaram milhões para encurtar o comprimento do cabo de fibra óptica entre elas e a Nasdaq, permitindo que liquidem negociações um nanossegundo antes dos concorrentes. A latência da blockchain ainda está na casa dos segundos ou até minutos, o que não é nada competitivo.

É importante notar que as instituições modernas têm acesso a ETFs de criptomoedas, o que lhes permite adquirir exposição a cripto por meio dos mercados tradicionais utilizando os cabos de fibra ótica otimizados com os quais estão familiarizadas. Isso significa que, para atrair o trading institucional on-chain, uma blockchain deve superar as velocidades dos mercados tradicionais (por que as instituições trocariam para um ambiente de negociação mais lento?).

Atualizando blockchains para padrões institucionais

As instituições não simplesmente criarão uma carteira Metamask e começarão a negociar na Ethereum. Elas exigem blockchains personalizados construídos para atender aos mesmos padrões de desempenho, confiabilidade e responsabilidade dos mercados tradicionais.

Uma otimização fundamental é o paralelismo ao nível de instruções com resolução determinística de conflitos. Em termos simples, isso significa que uma blockchain pode processar várias transações simultaneamente (como vários caixas registrando clientes em paralelo), garantindo que o recibo de cada usuário seja emitido corretamente e na ordem certa todas as vezes. Isso evita os “engarrafamentos” que causam lentidão nas blockchains quando a atividade aumenta.

Blockchains projetadas para instituições também devem eliminar gargalos de E/S, garantindo que o sistema não perca tempo aguardando armazenamento ou atrasos na rede. As instituições precisam ser capazes de realizar muitas operações simultâneas sem criar conflitos de armazenamento ou congestionamento na rede.

Para tornar a integração mais fluida, as blockchains devem suportar conectividade plug-in agnóstica a VM, permitindo que instituições conectem softwares de negociação existentes sem a necessidade de reescrever códigos ou reconstruir sistemas inteiros.

Antes de se comprometerem com a negociação onchain, as instituições exigem comprovantes de que os sistemas blockchain funcionam em condições reais. As blockchains podem atenuar essas preocupações publicando dados de desempenho medidos em hardware real, utilizando cargas de trabalho realistas provenientes de pagamentos, DeFi e negociações de alto volume, para que as instituições possam verificar.

Juntas, essas atualizações podem elevar a confiabilidade das blockchains aos padrões de Wall Street e incentivá-las a negociar onchain. Uma vez que uma empresa perceba que pode negociar mais rapidamente por meio das estruturas blockchain (obtendo vantagem sobre seus concorrentes) sem sacrificar a confiabilidade, as instituições migrarão em massa para o onchain.

O verdadeiro custo da negociação institucional off-chain

Manter a maior parte da atividade off-chain concentra a liquidez em sistemas privados e limita a transparência sobre como os preços se formam. Isso mantém a indústria dependente de um pequeno número de locais de negociação e reduz uma das maiores vantagens do cripto: a capacidade das aplicações de se conectarem e construírem umas sobre as outras de forma aberta.

O teto é ainda mais evidente com ativos do mundo real tokenizados. Sem um desempenho confiável on-chain, esses ativos correm o risco de se tornarem invólucros estáticos que raramente são negociados, em vez de instrumentos vivos em mercados ativos.

A boa notícia é que a mudança já está em andamento. A decisão da Robinhood de lançar sua própria blockchain mostra que as instituições não estão apenas esperando que as criptomoedas se desenvolvam — elas estão tomando a iniciativa por conta própria. Assim que algumas empresas provarem que podem negociar de forma mais rápida e transparente onchain do que off, o restante do mercado seguirá.

A longo prazo, a cripto não será apenas um ativo no qual as instituições investem, mas será a tecnologia que elas utilizam para movimentar os mercados globais.

Nota: As opiniões expressas nesta coluna são do autor e não refletem necessariamente as da CoinDesk, Inc. ou de seus proprietários e afiliados.

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