Tailândia exige que Worldcoin delete escaneamentos de íris de 1,2 milhão de usuários

O governo da Tailândia determinou que o projeto Worldcoin apague os dados biométricos de mais de 1,2 milhão de cidadãos.
A ordem foi emitida pela Agência Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e divulgada nesta segunda-feira (25) pelo Ministério da Economia Digital.
A medida afeta diretamente a operação do projeto World, apoiado por Sam Altman, CEO da OpenAI.
De acordo com o governo tailandês, a coleta de íris em troca de tokens WLD viola a Lei de Proteção de Dados Pessoais do país.
Essa legislação regula o uso, coleta e compartilhamento de informações sensíveis por empresas e entidades privadas.
As autoridades tailandesas já haviam investigado a World em outubro, quando fizeram uma operação em um dos locais de escaneamento.
Na ocasião, houve suspeitas de infração às leis de ativos digitais do país.
Projeto suspende operações, mas nega irregularidades
Após a decisão do governo, a World suspendeu todos os processos de verificação de identidade no país.
A Tailândia também saiu da lista de regiões com disponibilidade dos Orbs — dispositivos que realizam a coleta da íris.
Apesar disso, a empresa afirmou em comunicado no X que cumpre as leis locais.
‘Esta ordem foi emitida mesmo com nosso compromisso com a transparência e com a legislação vigente’, declarou a World.
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Segundo a empresa, a paralisação impacta milhões de tailandeses que já utilizavam a ferramenta para evitar golpes e fraudes com IA.
A World reforçou que segue aberta ao diálogo com o Ministério da Economia Digital e a Comissão de Proteção de Dados Pessoais.
Até o momento, a desenvolvedora Tools of Humanity não se pronunciou sobre o caso.
Worldcoin enfrenta resistência global
Desde seu lançamento, o projeto Worldcoin tem despertado preocupações regulatórias em diversos países.
Na Indonésia, o Ministério Digital investiga suspeitas de atividades irregulares e descumprimento de registro.
Como resultado, a World também interrompeu as verificações no país.
O mesmo tipo de desconfiança se repete em outras regiões, como Alemanha, Brasil e Quênia.
Todas elas já questionaram o uso e o armazenamento de dados biométricos pela empresa.
Contudo, a World garante que a tecnologia é segura e descentralizada.
Por fim, segundo a companhia, os escaneamentos de íris não ficam armazenados nos Orbs.
O sistema apenas gera um código anonimizado vinculado à identidade do usuário.
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