Valor do BTC agora despenca para US$ 100 mil, é hora de vender?

O valor do BTC (Bitcoin) agora voltou a cair com força nesta semana e reacendeu o debate sobre o futuro imediato da maior criptomoeda do mundo.
Após perder 19% desde sua máxima histórica de outubro, o ativo agora é negociado em torno de US$ 100 mil, o que levanta a dúvida: é hora de vender?
De acordo com analistas da BitMEX, a queda está diretamente ligada à paralisação do governo dos Estados Unidos, que drenou US$ 700 bilhões dos mercados por meio da Conta Geral do Tesouro (TGA).
Esse esvaziamento repentino de liquidez atingiu todos os ativos de risco, incluindo as criptomoedas, e criou uma crise temporária de liquidez.
Durante o impasse político em Washington, a TGA, administrada pelo Federal Reserve, acumulou US$ 1 trilhão, retirando recursos do sistema financeiro privado.
Isso reduziu a disponibilidade de dinheiro para empréstimos, investimentos e fundos de mercado monetário, provocando uma queda generalizada nas bolsas e em ativos digitais.
Analistas afirmam que o aumento do uso do SRF (Standard Repo Facility), mecanismo do Fed para equilibrar o financiamento de curto prazo, revela o tamanho da falta de liquidez.
Quando o uso do SRF sobe, os bancos estão com menos dinheiro em caixa, o que pressiona ainda mais os ativos de risco.
Valor do BTC agora pode começar a subir

A BitMEX avalia que, embora o momento seja tenso, a recuperação pode ser forte assim que a paralisação acabar.
‘Quando a TGA voltar a gastar, injetará centenas de bilhões nos mercados’, disse um relatório.
A casa acredita que esse movimento pode coincidir com o período sazonalmente forte do Bitcoin, que costuma registrar altas no final do ano.
Enquanto isso, o Bitcoin caiu 3,3% nas últimas 24 horas, sendo cotado a cerca de US$ 102.600, segundo dados da CoinGecko.
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Nas últimas duas semanas, a criptomoeda perdeu mais de 10% do valor e acumula uma desvalorização de 18% desde outubro.
De acordo com a análise da BitMEX, o mercado cripto enfrenta uma ‘tempestade perfeita’, combinando fatores técnicos e macroeconômicos.
Além da paralisação americana, o aumento das liquidações no mercado futuro criou uma reação em cadeia.
Só na segunda-feira, a queda do Bitcoin de US$ 112 mil para US$ 106 mil provocou US$ 1,27 bilhão em liquidações automáticas, a maioria de investidores alavancados.
Corretoras como Hyperliquid, Bybit e Binance lideraram as liquidações, com 98% das posições zeradas em operações compradas.
Esse tipo de movimento, conhecido como flush de alavancagem, costuma marcar pontos de capitulação no mercado.
Mas também abre espaço para recuperações rápidas, quando o excesso de risco é eliminado.
‘O mercado cripto precisava de uma limpeza. Essa correção pode ter removido o excesso de otimismo’, avaliou um analista da BitMEX.
O cenário das altcoins e o impacto global
O impacto não ficou restrito ao Bitcoin. Ethereum e Solana também recuaram, somando mais de US$ 300 milhões em liquidações.
Tokens de grande capitalização seguiram o mesmo caminho, com perdas entre 5% e 9% nas últimas 24 horas.
A queda coincide com a expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve, prevista para esta semana.
Qualquer sinal de aperto monetário adicional pode prolongar a aversão ao risco e manter a pressão sobre o Bitcoin.
Mesmo assim, há quem veja o momento como uma oportunidade. Investidores de longo prazo lembram que o Bitcoin já enfrentou quedas de até 80% em outros ciclos, antes de retomar altas históricas.
O bilionário Arthur Hayes, afirmou recentemente que o ciclo tradicional de quatro anos do Bitcoin pode ter terminado. Segundo ele, o ativo agora está maduro o suficiente para resistir às crises.
Vender ou esperar?
A pergunta não é apenas se o valor do BTC vai cair mais, mas quanto tempo levará para se recuperar.
‘A história mostra que o mercado tende a reagir após períodos de liquidez extrema’, disse Mike Ermolaev, analista e fundador da OutsetPR.
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