Bybit hackeada e agora mais forte: fatia de mercado da exchange sobe 7%
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Um relatório recente da Block Scholes mostra que a Bybit conseguiu aumentar sua fatia de mercado e se recuperar rapidamente do ciberataque que sofreu recentemente.
A retomada da exchange teve como principais fatores estratégias inteligentes de liquidez e uma recuperação geral do mercado. Portanto, mesmo com a sensação de insegurança após o ataque que sofreu em fevereiro, a plataforma mostrou resiliência.
Como a Bybit deu a volta por cima
Segundo o levantamento da Block Scholes, uma empresa de análise cripto, a Bybit tem apresentado uma recuperação consistente no volume de negociações. Afinal, sua participação de mercado subiu de 4% para 7% nas últimas semanas.
No início de 2025, a Bybit detinha cerca de 10% de participação. No entanto, sofreu uma queda brusca para 4% após o ataque do dia 21 de fevereiro, que teria sido provocado pelo Lazarus Group.
Por outro lado, a recuperação recente ocorreu em um momento de redução de risco nos mercados globais. Aliás, isso antecede o próprio incidente da Bybit.
O relatório aponta que uma das principais iniciativas da empresa foi a adoção de uma ferramenta chamada Retail Price Improvement (RPI). Ela teria melhorado a liquidez e reduzido os spreads para investidores de varejo, facilitando a retomada das negociações de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).
A RPI é uma ordem que permite a usuários comuns negociarem com preços mais vantajosos, com transações restritas apenas a esse público.
Portanto, a capacidade da Bybit de reequilibrar rapidamente sua liquidez permitiu que ela recuperasse espaço no mercado antes de seus concorrentes.
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Descentralização x segurança: o que o caso revela
O ataque à Bybit foi o maior roubo de criptomoedas até hoje. Além disso, expôs uma fragilidade importante do universo Web3: a dependência de serviços centralizados da Web2, como autenticação e armazenamento.
Afinal, mesmo com o discurso de descentralização, muitas plataformas ainda usam estruturas como AWS e Google Cloud, criando pontos únicos de falha.
No caso da Bybit, os invasores exploraram a infraestrutura da carteira Safe Wallet, hospedada na AWS, injetando códigos maliciosos em arquivos essenciais.
Casos semelhantes já ocorreram, como o da BadgerDAO, que também teve sua segurança comprometida por depender de sistemas centralizados.
Ataques sofisticados a elementos da Web2, como chaves de API da Cloudflare, mostram que enquanto a Web3 continuar conectada à infraestrutura tradicional, esses riscos vão persistir.
Bybit encerrou parte de suas operações
Como consequência do ataque, a Bybit anunciou o encerramento de suas operações de NFTs e ofertas iniciais via DEX (IDOs). Essa decisão entrou em vigor no dia 8 de abril.
A mudança se alinha a um movimento mais amplo de revisão estratégica, diante de pressões regulatórias e preocupações com segurança.
Além disso, o mercado de NFTs segue em retração. Plataformas como Kraken e LG Art Lab encerraram suas operações com tokens não fungíveis, devido à queda no volume de negociações e como consequência de dificuldades financeiras.
Afinal, esse mercado ainda está longe de recuperar o pico de US$ 3,24 bilhões registrado em agosto de 2021.

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