Ladrão disfarçado de entregador amarra família e rouba US$ 11 milhões em criptomoedas

Um ladrão disfarçado de entregador conseguiu entrar em uma casa em San Francisco e roubar US$ 11 milhões em criptomoedas, após render a vítima com uma arma e amarrar a família com fita adesiva.
O crime, ocorrido por volta das 6h45 da manhã, na região de Mission Dolores, ampliou o alerta sobre o avanço dos ataques físicos contra investidores cripto.
O suspeito fingiu fazer uma entrega comum, aproveitando o disfarce para ganhar acesso ao imóvel.
Assim que o morador abriu a porta, ele sacou a arma e rapidamente dominou todos os presentes.
Em seguida, o criminoso amarrou a vítima com fita adesiva e exigiu acesso imediato à carteira de criptomoedas.
De acordo com as autoridades, o ataque seguiu um padrão que especialistas chamam de ‘wrench attack’, quando criminosos usam violência direta para forçar usuários a entregar seus ativos digitais.
Ladrão rouba criptomoedas de família

O relatório inicial não revelou detalhes sobre ferimentos ou prisões, e a polícia de San Francisco não respondeu aos pedidos de comentário.
Porém, o caso chamou atenção por reforçar uma tendência perigosa.
De acordo com o pesquisador de segurança Jameson Lopp, mais de 60 ataques desse tipo foram registrados apenas neste ano, ritmo que praticamente dobrou em comparação com o ano anterior.
Enquanto golpes digitais recebem atenção constante, especialistas alertam que ameaças físicas estão crescendo de forma mais agressiva.
Para o consultor de crimes cibernéticos David Sehyeon Baek, a investigação de casos assim precisa ocorrer em várias frentes ao mesmo tempo.
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De acordo com ele, nas primeiras 72 horas, as equipes tentam rastrear telefones, laptops e outros dispositivos, além de verificar exchanges e endereços on-chain envolvidos no crime.
Em casos de coerção, as transferências costumam ser feitas em minutos, muitas vezes usando serviços focados em privacidade, o que dificulta o rastreamento.
Desse modo, em situações de invasão digital, as transações são identificadas e bloqueadas com mais facilidade, mas a violência modifica totalmente essa dinâmica.
A base de dados de Lopp mostra que a escalada da violência é constante.
Em média, ocorre ao menos um ataque por semana no mundo, atingindo desde pequenos investidores até figuras de maior visibilidade.
A realidade, que antes aparecia apenas em tirinhas ou debates teóricos, tornou-se um risco concreto para quem mantém quantias relevantes em ativos digitais.
Outros casos
No mês passado, criminosos assassinaram o promotor russo de criptomoedas Roman Novak e sua esposa nos Emirados Árabes Unidos após um encontro com supostos investidores interessados em acessar suas carteiras.
Poucos dias depois, a polícia tailandesa prendeu quatro homens acusados de sequestrar e roubar um cidadão chinês, levando mais de US$ 10.000 em dinheiro e criptomoedas.
O consultor Baek afirma que as autoridades identificam suspeitos com mais facilidade do que recuperam os fundos roubados, porque os criminosos movem criptomoedas em minutos e espalham os valores por muitos endereços.
De acordo com ele, a combinação de anonimato tecnológico e coerção física cria um cenário no qual vítimas ficam totalmente vulneráveis.
Os ataques também revelam uma mudança no perfil dos criminosos. Antes, hackers tentavam explorar falhas digitais.
Agora, muitos optam por ameaças diretas porque percebem que a violência gera resultados mais rápidos.
Ao mesmo tempo, especialistas recomendam que investidores reforcem rotinas de segurança física, adotem estratégias de múltiplas assinaturas e evitem manter grandes valores acessíveis em dispositivos pessoais.
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