BTC mostra estabilidade enquanto mercado aguarda acordo EUA – China

O Bitcoin opera de forma lateral no fechamento desta análise, em torno de US$ 114.500, com queda de 0,5% nas últimas 24 horas.
Assim, o mercado segue em consolidação, enquanto analistas avaliam as tendências macroeconômicas globais e aguardam avanços nas negociações comerciais entre Washington e Pequim.
A maior criptomoeda do mundo mantém valor de mercado de US$ 2,28 trilhões, com volume diário acima de US$ 47 bilhões. Esses números mostram uma forte participação, mesmo com o enfraquecimento recente do impulso de alta.
Otimismo com acordo comercial impulsiona confiança no Bitcoin
O recente otimismo vem de relatos de que EUA e China chegaram a um consenso sobre disputas comerciais importantes.
O acordo, que será finalizado ainda esta semana pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, abrange temas sensíveis como controles de exportação, minerais raros e tarifas.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que a ameaça de tarifas de 100% sobre produtos chineses foi descartada. Por sua vez, a China deve retomar compras significativas de soja e adiar restrições à exportação de minerais raros.
Se confirmado, o acordo pode reduzir pressões nas cadeias de suprimento e melhorar o sentimento dos investidores — fatores essenciais para o Bitcoin, que costuma se beneficiar em períodos de menor incerteza macroeconômica.
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Relações EUA–China seguem guiando o mercado
Apesar do otimismo, a incerteza persiste. O USTR, representante comercial dos EUA, abriu uma nova investigação sobre as práticas comerciais chinesas, alegando descumprimento do Acordo da Fase Um de 2020.
A apuração analisa lacunas em propriedade intelectual, transferência de tecnologia e compromissos agrícolas, o que pode reacender as tensões tarifárias.
O Ministério das Relações Exteriores da China negou as acusações, afirmando ter cumprido rigorosamente suas obrigações. A investigação, que deve durar até 16 de dezembro, pode oferecer a Washington novas justificativas para reimpor tarifas caso as conversas travem ou antigas sanções sejam revertidas.
Para os investidores de Bitcoin, essas movimentações adicionam uma nova camada de incerteza geopolítica.
Historicamente, mudanças nas relações EUA–China afetam a liquidez global e o apetite ao risco, ambos cruciais para a volatilidade do mercado cripto.
Dessa forma, um novo conflito poderia pressionar o BTC no curto prazo, enquanto um acordo definitivo poderia restaurar a confiança global e estimular a busca por risco.
Bitcoin enfrenta resistência-chave em US$ 114.950
No campo técnico, o par BTC/USD segue consolidado abaixo de US$ 114.950, resistência alinhada ao nível de 0,5 de Fibonacci. No gráfico de 4 horas, forma-se um possível padrão de topo duplo, indicando fadiga compradora após o rali da semana passada, que partiu de US$ 108.667.
O RSI próximo de 63 mostra perda de força na tendência de alta, enquanto o preço segue limitado abaixo da média móvel exponencial de 50 dias, um indicador-chave de tendência de curto prazo.

Um rompimento acima de US$ 116 mil pode levar o Bitcoin a US$ 117.669 e US$ 120.571, confirmando a continuação do movimento de alta. Fechar acima de US$ 120.571 reforçaria o caminho para US$ 124.148, marcando retorno aos topos de setembro.
Por outro lado, falhar em romper a resistência pode acionar uma correção até US$ 113.552 e US$ 112.255.
Nesse sentido, uma queda sustentada abaixo de US$ 112 mil confirmaria o topo duplo e abriria espaço para nova pressão vendedora em direção a US$ 108.667.
Ponto de vista do CryptoNews BR
O mercado mostra força, mas também hesitação diante das negociações entre EUA e China. Se o acordo for realmente confirmado, acredito que o apetite por risco deve crescer, abrindo espaço para que o Bitcoin suba acima de US$ 120 mil.
Ainda assim, sugiro cautela. Qualquer sinal de nova tensão comercial pode reacender a volatilidade e frear o entusiasmo dos investidores.
Por isso, sigo atento aos níveis de US$ 112 mil e US$ 115 mil, que podem definir a próxima direção do BTC.
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