Coinbase revela: estas 9 apostas podem criar os próximos milionários cripto em 2026

A Coinbase publicou, nesta quarta, 26, quais setores de criptomoedas são suas apostas e que a empresa pretende financiar no próximo ano.

A divisão de capital de risco da plataforma apresentou uma lista que combina negociação de ativos reais, finanças descentralizadas e inteligência artificial, criando uma visão ampla do futuro do ecossistema.

A Coinbase Ventures afirmou que está direcionando recursos para equipes focadas em tokenização de ativos, exchanges especializadas, terminais de negociação, DeFi de próxima geração e IA ativa.

Como explicou a empresa, essas áreas representam o ponto onde a inovação acelerada encontrará liquidez e escala global.

‘Destes setores devem surgir as próximas grandes empresas e protocolos’, revelou a Coinbase

De acordo com a Coinbase, em 2025, o setor já mostrou que a transformação continua rápida.

As stablecoins redefiniram pagamentos; as provas entre blockchains derrubaram tempos de liquidação que antes levavam dias; os mercados de previsão ganharam aceitação popular; e novos modelos de DEX permitiram criar ‘mercados para tudo’ diretamente na blockchain.

Por isso, a Coinbase acredita que 2026 deve acelerar esse movimento, com startups surgindo de forma constante para aproveitar o momento tecnológico.

Apostas da Coinbase para 2026

Além disso, a empresa destaca que o mercado atual está muito mais líquido, com privacidade mais inteligente, interoperabilidade real e infraestrutura on-chain capaz de dialogar com IA, criando um ambiente ideal para novos projetos.

Assim, a principal pergunta permanece: quais ideias podem realmente formar a próxima onda de crescimento? A Coinbase organizou suas apostas em nove categorias.

A primeira delas aborda a crescente procura por ativos reais tokenizados. O foco recai sobre os RWA perpétuos, que permitem criar exposição sintética a qualquer ativo off-chain.

A equipe aponta que essa tendência é inevitável, porque os contratos perpétuos já são o produto mais usado pelos traders.

Agora, com melhorias recentes em DEXs perpétuas, será possível criar mercados para praticamente tudo, desde empresas privadas até dados econômicos.

Esse processo, que chamou de ‘perpificação de tudo’, atende tanto investidores sofisticados quanto o público que busca alternativas além das posições tradicionais.

Outra área destacada envolve exchanges especializadas e novos terminais de negociação.

As redes modernas, como Solana, oferecem estruturas de mercado onde os formadores de liquidez ficam mais protegidos contra fluxos predatórios.

Um dos modelos mais citados são os Prop-AMMs, que limitam execuções diretas e dependem de agregadores.

A Coinbase acredita que esse tipo de arquitetura pode influenciar todo o mercado on-chain.

Ademais, os terminais para mercados de previsão devem ganhar força, porque hoje existe fragmentação entre plataformas e baixa integração.

Ferramentas que unificam liquidez, gráficos e ordens avançadas tendem a dominar esse segmento.

DeFi 2.0

A terceira aposta envolve o DeFi de próxima geração, onde a composabilidade dos contratos perpétuos deve criar mercados mais eficientes.

Plataformas como Hyperliquid e Lighter já testam integrações com protocolos de empréstimos, permitindo ao usuário manter posições alavancadas e, ao mesmo tempo, gerar rendimento sobre garantias.

Com DEXs perpétuas movimentando mais de US$ 1,4 trilhão mensalmente, a tendência parece clara. Além disso, os empréstimos sem garantia devem ganhar força.

A Coinbase lembra que o setor pode capturar parte das linhas de crédito rotativo dos Estados Unidos, que totalizam US$ 1,3 trilhão.

O avanço depende de modelos de risco escaláveis.

Outro eixo desse mesmo setor é a privacidade on-chain.

O texto reforça que grandes instituições não aceitam expor suas estratégias e que usuários comuns também não querem ver seu histórico financeiro aberto ao público.

Por isso, a busca por redes e ferramentas voltadas à privacidade aumentou.

Tecnologias como ZKPs, FHE, MPC e TEEs devem ser peças centrais para criar blockchains verificáveis, porém menos invasivas.

Na quarta grande aposta, a Coinbase direciona atenção à inteligência artificial e à robótica, especialmente no campo da coleta de dados físico-digitais.

O mercado acredita que a próxima fronteira será a automação avançada. Entretanto, a falta de conjuntos de dados físicos de alta precisão torna o progresso lento.

Modelos incentivados de coleta, inspirados no conceito DePIN, podem acelerar esse processo.

Prova de humanidade de IA

Sobretudo, a empresa aponta para a necessidade crescente de uma prova de humanidade.

Como a IA já consegue gerar conteúdo visual e textual que confunde qualquer análise, será necessário combinar biometria, assinaturas criptográficas e padrões abertos para identificar interações humanas.

A Worldcoin é citada como exemplo de pioneirismo.

Por fim, a Coinbase destaca que ferramentas de IA podem transformar o desenvolvimento on-chain.

Em pouco tempo, fundadores sem conhecimento técnico poderão lançar produtos completos com agentes que criam contratos inteligentes, revisam segurança, monitoram riscos e acompanham operações.

Isso deve gerar um ciclo de inovação rápida e contínua.

Ao encerrar sua análise, a Coinbase reforça que as ideias listadas não são previsões fechadas, mas caminhos que mostram onde há enorme potencial.

Contudo, a Coinbase ressalta que muitos dos projetos mais promissores surgem de lugares inesperados.