Solana anuncia falência e fim de seu smartphone

A Solana Mobile anunciou nesta terça-feira, 21, o fim do suporte ao smartphone Saga.
Assim, marcando o encerramento de um dos projetos mais ambiciosos da história recente do ecossistema cripto.
O comunicado publicado no site da empresa confirma que as atualizações de software e os patches de segurança não serão mais fornecidos.
Sobretudo, isso significa que o dispositivo chegou ao fim de seu ciclo de vida útil apenas dois anos após o lançamento.
De acordo com a nota, os usuários do Saga não terão mais garantia de compatibilidade com novos aplicativos e serviços.
Além disso, o atendimento ao cliente passará a se limitar apenas a consultas gerais, sem soluções técnicas específicas.
A decisão representa um encerramento definitivo do suporte ativo.
Dessa forma, encerrando de vez as expectativas de continuidade do projeto que prometia integrar o mundo dos smartphones com o blockchain da Solana.
Smartphone da Solana: do hype ao fracasso

Lançado em maio de 2023, o Saga foi apresentado como uma revolução na Web3, trazendo uma integração nativa com carteiras de criptomoedas e acesso direto a aplicativos descentralizados.
O aparelho foi desenvolvido em parceria com a fabricante americana OSOM, com o objetivo de criar uma experiência móvel independente das grandes lojas de aplicativos, como a App Store e o Google Play.
A proposta era ousada, mas a execução acabou enfrentando desafios de mercado desde o início.
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O preço inicial de US$ 1.000 rapidamente se mostrou inviável para a maioria dos consumidores, levando a Solana Mobile a reduzir o valor para US$ 599 em uma tentativa de impulsionar as vendas.
No entanto, nem o desconto foi suficiente para sustentar o projeto.
A Solana vendeu apenas 20 mil unidades em dois anos, número muito abaixo da meta inicial de 50 mil dispositivos.
Em comparação, gigantes como Apple e Google oferecem cinco a sete anos de atualizações, o que torna a curta vida útil do Saga ainda mais evidente.
Memecoins ‘inflaram’ demanda que não existia

Apesar do fracasso comercial, o telefone acabou ganhando um legado inesperado no mercado das memecoins.
Cada unidade do Saga vinha com uma carteira cripto pré-carregada, que se tornou um canal de distribuição para airdrops de tokens da rede Solana.
Com o aquecimento das memecoins no final de 2023, alguns desses tokens valorizaram tanto que ultrapassaram o preço original do aparelho, transformando o Saga em um item de colecionador.
Modelos lacrados atingem até três vezes o valor de varejo em plataformas secundárias.
Enquanto o projeto de hardware se encerra, o token SOL, nativo da rede Solana, mantém sua força no mercado.
Cotado a US$ 194,21, o ativo exibe uma capitalização de mercado acima de US$ 106 bilhões e segue em fase de consolidação.
De acordo com o analista Mike Ermolaev, se o preço romper a zona de resistência entre US$ 210 e US$ 250, poderá iniciar uma nova trajetória de alta rumo aos US$ 400.
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