Escândalo explode na Argentina: Milei é acusado de golpe com criptomoedas

Nesta semana, uma comissão do Congresso na Argentina divulgou um relatório que acusa o presidente Javier Milei de envolvimento em um golpe com a criptomoeda LIBRA.
O documento de duzentas páginas aponta supostas práticas de fraude que teriam levado a milhões de dólares em perdas para investidores.
Assim, reacendendo o debate sobre responsabilidade institucional em meio ao avanço do setor cripto no país.
De acordo com a investigação, o episódio não ocorreu por falhas isoladas, mas por um ‘esforço deliberado para driblar controles estatais’.
Os legisladores afirmam que Milei usou sua influência presidencial para dar visibilidade à LIBRA, principalmente após publicar um post em rede social, posteriormente apagado, que impulsionou o volume de compras do token.
A alta repentina foi seguida de um colapso que deixou prejuízos em mais de 114 mil carteiras digitais, algumas com perdas acima de seis dígitos.
Golpe com criptomoedas afetou argentinos

O relatório destaca que 498 investidores perderam mais de US$ 100 mil, enquanto 3.144 registraram prejuízos entre US$ 10 mil e US$ 100 mil.
Apenas 36 carteiras lucraram mais de US$ 1 milhão, padrão que, segundo a comissão, reforça a suspeita de um esquema do tipo ‘rug pull’, no qual poucos beneficiados drenam liquidez após atrair compradores.
O secretário da comissão, Juan Marino, afirmou que ‘sem o tweet do presidente, a LIBRA não teria atingido o volume que atingiu’.
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Desse modo, acusando Milei de ter colaborado de forma indispensável para o avanço do golpe.
A oposição diz que o presidente usou o peso do cargo para validar um projeto sem qualquer verificação institucional.
Milei, entretanto, nega as acusações.
Ele diz que apenas compartilhou informações como parte de sua visão de transformar a Argentina em um ‘centro tecnológico’, e insiste que não conhecia os detalhes do projeto.
Após o colapso da LIBRA, ele afirmou que apenas ‘levou um tapa’ por tentar ajudar um empreendedor argentino.

Congresso diz que Milei sabia do golpe
O relatório, porém, descreve uma série de encontros com figuras-chave da LIBRA, como o norte-americano Hayden Davis e o empresário de Singapura Peh Chyi Haur, conhecido como Julian Peh.
Esses encontros teriam sido intermediados por operadores do mercado cripto e até por um ex-assessor da Comissão Nacional de Valores.
Dados de plataformas internacionais também indicariam transferências financeiras entre os envolvidos, o que fortalece as suspeitas levantadas pelos investigadores.
A comissão ainda aponta que a LIBRA não foi o único caso.
Em 2024, Milei promoveu a criptomoeda KIP Protocol pouco antes de suas pools de liquidez serem drenadas, repetindo o mesmo padrão observado no escândalo atual.
Registros on-chain mostram que um dos operadores converteu KIP em USDT e enviou os valores ao comparsa no mesmo dia do lançamento oficial.
. Deputados do partido de Milei rejeitaram o relatório alegando falta de consenso para avançar com as conclusões.
O documento foi enviado ao Judiciário, mas não há prazos definidos para decisões ou novos passos.
A situação pode ficar ainda mais favorável ao presidente após 10 de dezembro, quando novos parlamentares assumirão e tendem a reduzir a pressão sobre o caso.
A comissão afirma ter enfrentado dificuldades durante o processo, já que Milei e sua irmã Karina, chefe de gabinete, não compareceram às convocações.
Outros membros do governo também ignoraram pedidos formais, o que, segundo os legisladores, demonstra ‘falta total de cooperação’.
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