Dólar depende das stablecoins para não desmoronar, diz análise
Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Alguns de nossos conteúdos incluem links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão por meio dessas parcerias. No entanto, essa compensação potencial nunca influencia nossas análises, opiniões ou avaliações. Nosso conteúdo editorial é criado de forma independente de nossas parcerias de marketing, e nossas classificações são baseadas exclusivamente em nossos critérios de avaliação estabelecidos. Leia mais

As stablecoins podem salvar o dólar? Bom, segundo uma análise recente, sim. Mas, apenas no curto prazo.
De acordo com a análise, o dólar norte-americano, há décadas considerado a âncora do sistema financeiro global, enfrenta hoje uma crise estrutural alimentada por gastos descontrolados do governo dos Estados Unidos.
Dessa forma, o estudo publicado no site InternationalMan, aponta que o Tether, fornece dólares digitais para mais de 400 milhões de usuários em países com economias frágeis.
Esse acesso ampliado à moeda norte-americana tem criado uma nova fonte de demanda por dólares, que, indiretamente, beneficia o Tesouro dos EUA.
Assim, a análise argumenta que a Tether investe grande parte de suas reservas em títulos públicos americanos, tornando-se uma espécie de comprador institucional não governamental.
O relatório destaca que a Tether gerou US$ 13,7 bilhões em lucros com apenas 165 funcionários em 2023, superando gigantes como Nvidia em lucro por colaborador.
Essa eficiência extrema foi possível graças à sua estratégia: oferecer um ‘dólar digital’ instantâneo, acessível via smartphone, mesmo em regiões com infraestrutura bancária precária.

Hoje, o USDT já movimenta mais dinheiro do que a Visa, segundo dados de mercado. Com mais de US$ 162 bilhões em circulação, o ativo representa uma nova forma de dólar offshore.
Stablecoins em dólar no centro da economia global

Para rentabilizar suas operações, a Tether compra grandes quantidades de títulos do Tesouro americano. Em 2023, tornou-se o sétimo maior comprador global de bonds dos EUA, à frente de países como Alemanha e Suíça.
Isso garantiu que a empresa consiga acessar rapidamente suas reservas, o que não seria possível caso o lastro estivesse em dinheiro fiduciário em um banco.
Assim, mesmo em períodos de crise de liquidez, como durante ataques especulativos em 2022, a empresa conseguiu resgatar bilhões de dólares em USDT sem comprometer sua paridade de 1:1 com o dólar.
👉Mais importante do que investir no mercado cripto é escolher uma das melhores Bitcoin Wallet para armazenar seus ativos de forma segura
Essa solidez, segundo o CEO Paolo Ardoino, decorre de um modelo com liquidez total em títulos de curto prazo, capazes de responder rapidamente a resgates em massa.
Durante os ataques, a Tether devolveu US$ 7 bilhões em apenas 48 horas, o equivalente a 10% de suas reservas. De acordo com Ardoino, nenhum banco tradicional, segundo ele, teria resistido a tamanho saque.
Stablecoins e o rombo fiscal dos EUA
No entanto, apesar desses feitos, especialistas como Nick Giambruno, autor do artigo, alertam que a contribuição da Tether é limitada diante do rombo fiscal dos EUA.
Desse modo, em 2025, o governo americano precisará rolar quase US$ 9 trilhões em dívidas e despesas correntes. Em comparação, os US$ 162 bilhões investidos pela Tether em treasuries representam apenas 1,8% desse valor.
Além disso, o artigo argumenta que há uma preocupação moral: quanto mais dólares circulam via stablecoins, mais os EUA conseguem expandir seu poder monetário, extraindo valor dos usuários globais via inflação.
Isso porque, ao emitir moeda e aumentar a base monetária, o governo americano transfere silenciosamente os custos da dívida para todos que armazenam dólares, inclusive usuários de USDT em países como Venezuela ou Turquia.
No fim das contas, a análise conclui que, embora Tether ofereça um fôlego ao dólar, essa ajuda não altera a trajetória de queda da moeda americana. A escalada de gastos com guerras, programas sociais e juros continuará pressionando a confiança global na moeda dos EUA.
São os imigrantes que salvam os EUA
Desse modo, apesar da forte pressão e perseguição do presidente dos EUA, Donald Trump, com os imigrantes, é justamente um conjunto de imigrantes e uma empresa fora dos EUA que pode salvar, mesmo que no curto prazo, a moeda americana.
‘Por ironia, uma empresa criada por italianos, registrada no Caribe e sediada em El Salvador tornou-se, hoje, um dos maiores defensores do dólar no exterior’, finaliza o artigo.
📚Quer comprar criptomoedas baratas, na promoção e com maior potencial de valorização nos mercados este ano? Continue lendo para saber mais!
Leia mais:
- Pagamentos via PayPal podem levar o Bitcoin a US$ 250 mil em 2025?
- Atenção: 7 criptomoedas que podem cair nesta semana, segundo analistas
- Bitcoin vai cair ou subir? Analista indica níveis-chave para ganhar dinheiro com BTC na semana