Futuros de criptomoedas da B3: qual a previsão para o lançamento?
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Anunciados no fim de junho como uma nova oferta da B3, os futuros de criptomoedas continuam sendo algo para… o futuro. Pelo menos é o que indica a falta de novidades sobre o produto, inicialmente previsto para setembro deste ano.
Afinal, o que falta para a B3 Digitas, braço da Bolsa de Valores do Brasil, acrescentar mais essa alternativa à sua exchange de criptomoedas, lançada na metade do ano?
O que é a B3 Digitas?
A B3 Digitas é uma exchange de ativos digitais que provê a infraestrutura blockchain para outras empresas. Dessa forma, permite que outras corretoras, bancos de investimentos e aplicativos de pagamentos ofereçam criptoativos usando seus serviços.
Além disso, a empresa funciona na modalidade “cripto as a service” (CasS). Portanto, oferece uma espécie de ambiente “white label” customizável conforme as necessidades do cliente.
Esse é um formato encontrado em outros fornecedores. Lembra, por exemplo, o modelo da americana Paxos para empresas como Nubank e PicPay. O Mercado Bitcoin também faz algo parecido para a Magalu.
A partir do seu lançamento em julho deste ano, o primeiro cliente da B3 foi o Banco Inter. Dessa forma, o Inter passou a oferecer Bitcoin, Ether e outras 3 moedas na sua plataforma.
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Em parceria com a B3 Digitas, empresa do grupo @B3_Oficial, vamos disponibilizar a compra e venda no Super App do @Interbr 🧡 pic.twitter.com/F5PVJt3hqX
— Investimentos do Inter (@investeinter) June 27, 2023
Essa não é a primeira experiência da B3 com criptomoedas. Em 2021, ela havia aberto os trabalhos oferecendo ETFs de criptos.
No momento, a plataforma da B3 tem cerca de 20 criptomoedas, como BTC, ETH, USDT e LTC. Os futuros seriam mais uma oferta para agregar valor ao portfólio. Além desse produto, estão na mira da B3 outras soluções tokenizadas.
Qual a previsão de lançamento dos futuros de criptomoedas?
Atualmente, o lançamento dos futuros de criptomoedas da B3 depende da análise do regulador — no caso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão público vinculado ao Ministério da Fazenda.
No lançamento da Digitas, no final de junho, a empresa anunciou a intenção de iniciar o negócio de futuros até setembro deste ano. No entanto, o assunto esfriou desde então, o que gera dúvidas sobre a sua viabilidade para este ano.
A empresa também havia prometido uma comunicação de lançamento do produto com 1 mês de antecedência para preparar o mercado. Como isso ainda não ocorreu, a tendência é que os futuros não estejam disponíveis na plataforma antes de dezembro.
Esse não foi o primeiro pedido feito à CVM com o mesmo objetivo. Em 2022, a B3 já havia solicitado a aprovação da oferta de contratos futuros de criptos. Na ocasião, a solicitação foi rejeitada por não atender aos requisitos da Resolução CVM 135, que trata da constituição, funcionamento e organização do mercado.
Enquanto a aprovação do projeto não vem, é possível acompanhar os produtos disponíveis no site da B3 Digitas.

Pelas informações divulgadas até agora, sabemos que:
- O Bitcoin (BTC) deverá ser a primeira moeda com futuros na plataforma
- Serão oferecidos contratos com dois vencimentos diferentes
Além disso, a empresa promete oferecer na negociação dos futuros de criptomoedas toda a segurança e infraestrutura encontradas atualmente na bolsa de valores.
Cenário favorável para negócios com criptos
A entrada da B3 no mercado de criptomoedas se dá em um momento de boas expectativas para o setor. Assim, elementos como o halving do Bitcoin no primeiro semestre e políticas expansionistas na economia americana já foram citados em previsões otimistas.
O caso da B3 não é único no mundo. Com a crescente aceitação das criptomoedas e a regulação desses ativos em muitos países, têm se tornado frequentes iniciativas estatais ou de outras bolsas.
A Indonésia lançou a primeira bolsa pública de criptomoedas em julho deste ano. Empresas privadas participaram da viabilização do projeto ao gerenciar a compensação, armazenamento e liquidação de ativos.
A tecnologia cripto também se aplica de outras formas. No início de outubro, a bolsa de valores de Hong Kong (HKEX) lançou a Synapse, uma plataforma de aceleração de liquidação de ações. Baseada em contratos inteligentes em linguagem DAML, seu objetivo é tornar mais rápidas as transações — por isso o nome sinapse.
Já a B3 avança em outras frentes nesse mercado, além da Digitas. Recentemente, ela anunciou a criação de uma formação gratuita para investidores de criptomoedas. O Programa Bitcoin na Bolsa surgiu de uma parceria com o Grupo Empiricus.
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