BTC não é anônimo e ‘cada transação deixa um rastro’, diz analista

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Especialista revela que cada transação deixa dados visíveis e permanentes na blockchain da criptomoeda.
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Durante anos, a narrativa de que o Bitcoin era um dinheiro anônimo sustentou boa parte do entusiasmo em torno das criptomoedas.

No entanto, essa ideia começa a ruir diante das evidências técnicas e das investigações conduzidas por especialistas forenses de blockchain.

Em entrevista ao canal Bitnada, o analista Caio Motta, da empresa Chainalysis, desmontou um dos maiores mitos do setor.

‘O Bitcoin é pseudoanônimo, não anônimo. Cada transação deixa um rastro público, visível e permanente’, afirmou ele.

Desde sua criação, o Bitcoin foi apresentado como símbolo da liberdade financeira, um instrumento capaz de escapar à vigilância estatal. Contudo, a realidade é mais complexa.

A blockchain do Bitcoin é um livro contábil público, acessível a qualquer pessoa. Cada transferência, com valor, data e endereços envolvidos, fica registrada para sempre.

Embora os endereços não revelem nomes, eles funcionam como identificadores digitais rastreáveis, especialmente quando cruzados com informações de exchanges e corretoras que exigem KYC.

Bitcoin não é anônimo

De acordo com Motta, a Chainalysis utiliza ferramentas avançadas capazes de mapear e contextualizar o fluxo de transações.

Esse tipo de tecnologia já auxiliou investigações internacionais envolvendo lavagem de dinheiro, golpes e financiamento ilícito.

‘O fato de um endereço ser uma sequência de letras e números não o torna invisível. Ele pode ser vinculado a uma pessoa, empresa ou grupo criminoso’, explicou.

Motta enfatiza que o ponto mais vulnerável para quem tenta esconder transações é o momento em que o dinheiro digital se converte em moeda fiduciária.

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Dessa forma, ao movimentar criptomoedas para uma exchange que exige identificação, a anonimidade desaparece.

‘O histórico permanece visível, e quando o dinheiro chega a uma corretora, é possível identificar o dono com apoio das autoridades’, disse.

As autoridades usam essa rastreabilidade para recuperar fundos de ataques hacker e desmantelar esquemas criminosos.

O caso da Bybit, que sofreu um golpe associado ao grupo norte-coreano Lazarus, foi citado por Motta como exemplo.

Assim, a transparência dos contratos inteligentes permitiu seguir o rastro do dinheiro, mesmo quando ele passou por diferentes blockchains por meio da Thorchain.

Podem bloquear seu Bitcoin

Com o tempo, a cooperação entre exchanges e governos se intensificou. Hoje, quando um endereço suspeito é detectado, plataformas de compliance podem bloquear automaticamente os fundos antes mesmo de um pedido judicial.

Essa integração global tornou o ambiente cripto muito mais seguro e rastreável do que na época caótica de 2013 e 2014.

Apesar de a maioria das criptomoedas funcionar de maneira transparente, existem projetos focados em privacidade total, como o Monero.

Essas redes escondem remetentes, valores e destinatários, tornando o rastreamento quase impossível. No entanto, essa característica também atraiu o escrutínio de reguladores.

Grandes exchanges, como Binance e Kraken, já retiraram o Monero de suas listas de negociação devido ao risco de associação com atividades ilegais.

‘Monero é mais privado, mas também mais suspeito e menos líquido. Isso reduz sua adoção’, comentou Motta.

Outro recurso controverso são os mixers, ferramentas que misturam criptomoedas de vários usuários para disfarçar suas origens.

Serviços como Tornado Cash e CoinJoin oferecem certo grau de anonimato, mas também estão na mira de agências de combate à lavagem de dinheiro.

‘Nem todo mundo que usa mixers é criminoso, mas muitos o fazem para esconder dinheiro sujo’, afirmou o especialista.

Bitcoin é transparente e isso é uma vantagem

De acordo com ele, há casos legítimos, como funcionários que recebem salário em Bitcoin e não querem expor seus saldos mas o uso desses serviços pode causar bloqueios automáticos em corretoras.

Governos já sancionaram diversos mixers, e classificam as transações vindas dessas fontes como de alto risco.

Um dos dados mais importantes apresentados por Motta vem da própria Chainalysis: apenas 0,14% das transações em 2024 tiveram ligação com atividades criminosas.

Embora o número pareça alto em valores absolutos, ele representa uma fração mínima do ecossistema global.

‘A maioria das operações é totalmente lícita. O problema está na percepção equivocada de que o anonimato é total’, disse.

Ele também lembrou que a imutabilidade da blockchain transforma cada operação em uma prova permanente.

‘Se alguém comete um crime usando Bitcoin, essa transação fica registrada para sempre. É como deixar impressões digitais em cada passo’, comparou.

Para ele, o sistema financeiro tradicional é, paradoxalmente, muito mais opaco que as blockchains públicas, que podem ser auditadas em tempo real.

‘Quem acredita que pode cometer crimes e desaparecer usando criptomoedas está enganado. Bitcoin é rastreável, transparente e auditável.’, finalizou o analista no Youtube.

👉Veja também: Como comprar Bitcoin no Brasil em 2025 – Guia completo

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