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‘Privacidade é o Sistema Imunológico da Liberdade’: Defesa das Criptomoedas Gera Repercussão em São Paulo


Um executivo de uma empresa de criptomoedas com sede no Brasil argumentou que o aumento da regulamentação e da vigilância representa uma ameaça à liberdade, e que a tecnologia P2P continua sendo uma linha de defesa vital.

29 de nov. de 2025, 2:00 p.m. Traduzido por IA
Surveillance (Milan Malkomes/Unsplash, modified by CoinDesk)

O que saber:

  • Uma discussão em painel na Brazil Blockchain Conference destacou a tensão entre o ethos de privacidade das criptomoedas e a realidade institucional, com alguns executivos defendendo a conformidade e a regulamentação, enquanto outros enfatizaram a importância da autogestão de ativos e das transações peer-to-peer.
  • Um executivo de uma empresa de criptomoedas com sede no Brasil argumentou que o aumento da regulamentação e da vigilância representa uma ameaça à liberdade, e que as tecnologias peer-to-peer continuam sendo uma linha vital de defesa contra o abuso de poder estatal.
  • O público demonstrou forte empatia com a mensagem do executivo, explodindo em aplausos quando ele alertou que a vigilância é um objetivo, não um subproduto, e que o ethos cripto de separar o dinheiro do Estado está sob ameaça devido ao aumento da regulamentação e do controle.

SÃO PAULO — O ethos das criptomoedas está em conflito com a realidade institucional.

Durante um painel na Conferência de Blockchain Brasil em São Paulo, enquanto os principais atores do setor discutiam conformidade e regulamentação, a multidão entrou em tumulto em defesa da privacidade e em rejeição ao controle centralizado. Esse tumulto surgiu a partir das palavras de Vinícuis Brito, executivo de uma empresa brasileira focada em custódia própria de criptoativos.

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“Recentemente, li em um livro um ditado que me marcou. 'A privacidade é o sistema imunológico da liberdade',” disse Brito. “Quando atacam sua privacidade, estão a um passo da sua liberdade.” Seus comentários foram feitos em resposta a uma discussão sobre o uso potencial de inovações tecnológicas para fins ilícitos.

Brito argumentou que os frameworks de conformidade vendidos como salvaguardas contra o terrorismo e o tráfico de pessoas são, na verdade, pretextos para aumentar o poder estatal.

“A princípio, eles dizem que é sobre terrorismo ou tráfico. E, claro, todos concordam em combater esses crimes — eu também apoio isso,” disse ele. “Mas sabemos que essas regras serão usadas posteriormente para perseguir inimigos políticos. Esse não é o propósito.”

Brito alertou que o Brasil está a caminho de se tornar um “inferno fiscal” até 2027, e afirmou que as tecnologias peer-to-peer (P2P) continuam sendo a última linha de defesa. “Você não pode impedir o P2P”, disse ele. “Ninguém pode me impedir de trocar dinheiro em espécie por sats [referindo-se à menor unidade do bitcoin, o satoshi].”

Guilherme Prado, chefe da Bitget no Brasil, reconheceu, ao falar no mesmo painel, que o aumento das exigências de Conheça Seu Cliente (KYC) e o reporte de transações estão levando os usuários a recorrer às exchanges descentralizadas (DEXs).

“O mercado de DEX está crescendo exponencialmente, precisamente por causa da regulamentação,” afirmou, citando a ascensão de plataformas como Hyperliquid e uma mudança pós-FTX em direção à auto-custódia.

Durante a discussão, Juliana Felippe, Diretora Geral da Tools for Humanity, defendeu a verificação biométrica como uma forma de preservar a privacidade para prevenir fraudes e manipulação por bots. Mas entre o público, a resposta emocional mais forte veio do alerta de Brito de que a vigilância não é um subproduto, mas um objetivo.

“De repente, todos se tornaram suspeitos e terão que compartilhar dados sensíveis que exporão sua privacidade por uma discussão que, na minha opinião, é simplesmente uma questão estatal. Não é isso que eles querem,” acrescentou Brito. “Eles querem acabar com a privacidade, para, no futuro, atacar seus inimigos políticos ou qualquer pessoa que discorde deles.”

Essa mensagem ressoou com a multidão, que irrompeu em aplausos.

“O problema com o crime não é o dinheiro usado, é o criminoso,” ele disse. “A energia deve ser direcionada para prender pessoas que cometem violência, não para tratar todos como suspeitos. Isso não é sobre segurança. É sobre controle.”

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O que saber:

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